sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ser feliz ou ter razão?



Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.

Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...

E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.

Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
'Quero ser feliz ou ter razão?'

Outro pensamento parecido, diz o seguinte:
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam. 

(desconheço autoria)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Reflexões

“O circo é uma pequenina arena fechada de esquecimento. Por algum tempo permite que nos percamos, nos dissolvamos em deslumbramento e felicidade, que sejamos transportados pelo mistério. Saímos estonteados, tristes e horrorizados pela face cotidiana do mundo. Porém o velho mundo de todos os dias, o mundo que achamos ser muito nosso conhecido, é o único mundo, e é um mundo de mágica, de inexaurível mágica. Assim como o palhaço, prosseguimos de um quadro para outro, sempre fingindo, sempre adiando o grande acontecimento. Morremos lutando para nascer. Jamais fomos nascidos, jamais nascemos. Estamos sempre no processo de vir a ser, sempre separados e isolados. Do lado de fora para sempre.”

(Henry Miller - O Sorriso ao Pé da Escada  -  Editora Salamandra  - 1979)