sábado, 31 de outubro de 2009
Sementes de amor
"Onde quer que você esteja, lança tuas sementes de amor. Dos solos mais fétidos também nascem flores perfumadas."
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Fernando Pessoa
Não é bastante não ser cego para ver a árvores e as flores."
Alberto Caieiro
Alberto Caieiro
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Fernando Pessoa,
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reflexões
Fernando Pessoa
"Para ser grande, sê inteiro
nada teu exagera ou exclui.
nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha,
porque alta vive."
Ricardo Reis
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Jogar fora não existe!
Por Danilo Pretti Di Giorgi
Ouvi recentemente o economista Hugo Penteado, dono de um excelente blog, questionando a idéia de “jogar algo fora”. Ele lembrou como temos o estranho costume de olhar o planeta como uma grande lata de lixo onde podemos descartar tudo.
O “fora” na verdade não existe, se considerararmos que estamos todos “dentro” da Terra e que daqui não podemos sair, apesar dos delírios tecnológicos tão apreciados pelos que defendem a manutenção e até mesmo a ampliação dos níveis de produção e consumo atuais.
Muito daquilo que produzimos e transformamos a partir dos recursos retirados do planeta vai continuar nos acompanhando na nossa caminhada.
Aquela garrafinha de PET – uma maravilha da engenharia que teria perfeitas condições materiais de continuar sendo reutilizada por muitos anos – não vai “desaparecer” dentro da lata de lixo depois de consumido seu conteúdo. Vai continuar presente, num lixão, testemunhando como nós a passagem do tempo, e por um período de tempo muito mais longo do que a duração de nossa vida.
Para quem consegue compreender a idéia da Terra como “nossa casa”, é apenas uma questão de escala a diferença entre nossos lares e o planeta. Afora a questão do tamanho, não há maiores diferenças. O terreno onde está construída a casa onde moramos é limitado. É a mesma coisa com a nossa casa-planeta, o único lugar conhecido onde nossa espécie tem condições de sobreviver.
Mesmo assim, apenas uma minoria parece estar realmente preocupada com as conseqüências ambientais da sociedade do consumo, que a cada ano produz uma quantidade de lixo maior, sem nenhum tipo de cuidado de larga escala com o seu tratamento. É inacreditável que ainda se discuta a responsabilidade das indústrias sobre os resíduos dos produtos que fabricam. É incrível que se fale tão pouco em redução da produção e do consumo quando sabemos que nossos resíduos não desaparecem simplesmente quando o caminhão do lixo passa pela rua onde moramos.
Na realidade o lixo desaparece apenas de nossas vistas.
É desesperador, por exemplo, se dar conta de que a maior parte da população mundial sequer tem conhecimento dos perigos ambientais representados pelo descarte inadequado de pilhas e baterias e que por isso milhares delas continuam se encaminhando diariamente aos lixões.
Pior ainda é testemunhar que aqueles que têm acesso a essa informação e que têm sob sua responsabilidade a gestão pública não se dedicam a criar mecanismos sérios e efetivos para impedir que pilhas, baterias e outras fontes de venenos continuem contaminando irreversivelmente a terra e a água.
Por que cuidamos tão bem das nossas casas e tão mal do nosso planeta?
É difícil responder a essa pergunta, mas não é preciso ser nenhum gênio para perceber que estamos cegos, de cara na lama. Esse chafurdar, porém, se disfarça bem porque acontece ao mesmo tempo em que estamos envoltos numa aura de “modernidade” (no sentido besta do termo), cada vez com acesso mais facilitado a aparelhos eletrônicos de desenho futurista, cheios de luzinhas que fazem muita gente acreditar que o máximo da sutileza e da capacidade criadora humana está nas linhas arrojadas ou no acabamento interno de um automóvel de “alto padrão” ou numa ampla cobertura localizada em “área nobre” da cidade, montada com o que há de melhor na indústria da decoração de interiores.
Os que não vivem essa realidade, ou seja, quase todos, se alimentam do sonho de um dia vir a vivê-la ou da chance de ter acesso a pelo menos alguns desses ícones do consumo.
Transformamos-nos de cidadãos em consumidores.
E com isso vamos consumindo o que resta do planeta, como cupins roendo lentamente as
estruturas de um castelo que um dia virá abaixo.
Ouvi recentemente o economista Hugo Penteado, dono de um excelente blog, questionando a idéia de “jogar algo fora”. Ele lembrou como temos o estranho costume de olhar o planeta como uma grande lata de lixo onde podemos descartar tudo.
O “fora” na verdade não existe, se considerararmos que estamos todos “dentro” da Terra e que daqui não podemos sair, apesar dos delírios tecnológicos tão apreciados pelos que defendem a manutenção e até mesmo a ampliação dos níveis de produção e consumo atuais.
Muito daquilo que produzimos e transformamos a partir dos recursos retirados do planeta vai continuar nos acompanhando na nossa caminhada.
Aquela garrafinha de PET – uma maravilha da engenharia que teria perfeitas condições materiais de continuar sendo reutilizada por muitos anos – não vai “desaparecer” dentro da lata de lixo depois de consumido seu conteúdo. Vai continuar presente, num lixão, testemunhando como nós a passagem do tempo, e por um período de tempo muito mais longo do que a duração de nossa vida.
Para quem consegue compreender a idéia da Terra como “nossa casa”, é apenas uma questão de escala a diferença entre nossos lares e o planeta. Afora a questão do tamanho, não há maiores diferenças. O terreno onde está construída a casa onde moramos é limitado. É a mesma coisa com a nossa casa-planeta, o único lugar conhecido onde nossa espécie tem condições de sobreviver.
Mesmo assim, apenas uma minoria parece estar realmente preocupada com as conseqüências ambientais da sociedade do consumo, que a cada ano produz uma quantidade de lixo maior, sem nenhum tipo de cuidado de larga escala com o seu tratamento. É inacreditável que ainda se discuta a responsabilidade das indústrias sobre os resíduos dos produtos que fabricam. É incrível que se fale tão pouco em redução da produção e do consumo quando sabemos que nossos resíduos não desaparecem simplesmente quando o caminhão do lixo passa pela rua onde moramos.
Na realidade o lixo desaparece apenas de nossas vistas.
É desesperador, por exemplo, se dar conta de que a maior parte da população mundial sequer tem conhecimento dos perigos ambientais representados pelo descarte inadequado de pilhas e baterias e que por isso milhares delas continuam se encaminhando diariamente aos lixões.
Pior ainda é testemunhar que aqueles que têm acesso a essa informação e que têm sob sua responsabilidade a gestão pública não se dedicam a criar mecanismos sérios e efetivos para impedir que pilhas, baterias e outras fontes de venenos continuem contaminando irreversivelmente a terra e a água.
Por que cuidamos tão bem das nossas casas e tão mal do nosso planeta?
É difícil responder a essa pergunta, mas não é preciso ser nenhum gênio para perceber que estamos cegos, de cara na lama. Esse chafurdar, porém, se disfarça bem porque acontece ao mesmo tempo em que estamos envoltos numa aura de “modernidade” (no sentido besta do termo), cada vez com acesso mais facilitado a aparelhos eletrônicos de desenho futurista, cheios de luzinhas que fazem muita gente acreditar que o máximo da sutileza e da capacidade criadora humana está nas linhas arrojadas ou no acabamento interno de um automóvel de “alto padrão” ou numa ampla cobertura localizada em “área nobre” da cidade, montada com o que há de melhor na indústria da decoração de interiores.
Os que não vivem essa realidade, ou seja, quase todos, se alimentam do sonho de um dia vir a vivê-la ou da chance de ter acesso a pelo menos alguns desses ícones do consumo.
Transformamos-nos de cidadãos em consumidores.
E com isso vamos consumindo o que resta do planeta, como cupins roendo lentamente as
estruturas de um castelo que um dia virá abaixo.
Outubro rosa
Outubro Rosa é um esforço mundial para mobilizar a sociedade e principalmente a população feminina para o combate ao câncer de mama. Durante todo o mês de outubro, diversos eventos organizados pela Femama vão alertar sobre a importância da mamografia anual a todas as mulheres com mais de 40 anos para o diagnóstico precoce, buscando conscientizar um número cada vez maior de pessoas sobre os alarmantes índices da doença.
O Outubro Rosa nasceu há dez anos nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia. Desde então, vários outros lugares do mundo vêm aderindo ao movimento, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que vai afetar a vida de mais de 49 mil brasileiras até o fim de 2009.
O Outubro Rosa vem transformando os mais conhecidos pontos turísticos do mundo. Diversos países já se engajaram no Outubro Rosa, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Grécia, Itália, Israel e Austrália, entre outros. Durante um mês, palestras e eventos públicos, estandes instalados em lugares de grande circulação, peruas equipadas com material educativo e monumentos e prédios históricos iluminados de cor-de-rosa lembram as mulheres da luta global contra o câncer de mama. Pela primeira vez, ações iguais às realizadas no restante do mundo acontecerão no Brasil em diferentes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
Para saber mais, clique no link:
http://www.mulherconsciente.com.br/
O Outubro Rosa nasceu há dez anos nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia. Desde então, vários outros lugares do mundo vêm aderindo ao movimento, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que vai afetar a vida de mais de 49 mil brasileiras até o fim de 2009.
O Outubro Rosa vem transformando os mais conhecidos pontos turísticos do mundo. Diversos países já se engajaram no Outubro Rosa, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Grécia, Itália, Israel e Austrália, entre outros. Durante um mês, palestras e eventos públicos, estandes instalados em lugares de grande circulação, peruas equipadas com material educativo e monumentos e prédios históricos iluminados de cor-de-rosa lembram as mulheres da luta global contra o câncer de mama. Pela primeira vez, ações iguais às realizadas no restante do mundo acontecerão no Brasil em diferentes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.
Para saber mais, clique no link:
http://www.mulherconsciente.com.br/
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Poema - Cazuza e Frejat
Poema
"Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo.
Eu acordei com medo
e procurei no escuro alguém com seu carinho
e lembrei de um tempo.
Porque o passado me traz uma lembrança
do tempo que eu era criança.
E o medo era motivo de choro,
desculpa pra um abraço ou um consolo.
Hoje eu acordei com medo mas não chorei,
nem reclamei abrigo.
Do escuro eu via um infinito sem presente,
passado ou futuro.
Senti um abraço forte, já não era medo,
era uma coisa sua que ficou
em mim (que não tem fim).
De repente a gente vê que perdeu
ou está perdendo alguma coisa.
Morna e ingênua, que vai ficando no caminho.
Que é escuro e frio mas também bonito,
porque é iluminado.
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás."
"Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo.
Eu acordei com medo
e procurei no escuro alguém com seu carinho
e lembrei de um tempo.
Porque o passado me traz uma lembrança
do tempo que eu era criança.
E o medo era motivo de choro,
desculpa pra um abraço ou um consolo.
Hoje eu acordei com medo mas não chorei,
nem reclamei abrigo.
Do escuro eu via um infinito sem presente,
passado ou futuro.
Senti um abraço forte, já não era medo,
era uma coisa sua que ficou
em mim (que não tem fim).
De repente a gente vê que perdeu
ou está perdendo alguma coisa.
Morna e ingênua, que vai ficando no caminho.
Que é escuro e frio mas também bonito,
porque é iluminado.
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás."
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